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O recente caso de uma designer intoxicada por metanol após consumir bebidas em um estabelecimento comercial, resultando em cegueira, trouxe à tona um risco grave de saúde pública: a falsificação de bebidas alcoólicas.
Intoxicação por metanol causa sequelas irreversíveis
O recente caso de uma designer intoxicada por metanol após consumir bebidas em um estabelecimento comercial, resultando em cegueira, trouxe à tona um risco grave de saúde pública: a falsificação de bebidas alcoólicas. O episódio, que também registra três óbitos na Grande São Paulo, acendeu um alerta geral entre a comunidade médica e as autoridades sanitárias.
A intoxicação exógena por metanol é uma emergência médica de alta letalidade. A substância, um álcool simples, é metabolizada no fígado em formaldeído e ácido fórmico, compostos extremamente tóxicos que causam dano neuronal no nervo óptico e uma acidose metabólica grave. O quadro clínico é bifásico. Inicialmente, nas primeiras seis horas, os sintomas mimetizam uma embriaguez comum, com sonolência, ataxia, tontura e sintomas gastrointestinais. O perigo reside na aparente melhora, seguida pela segunda fase, entre 6 e 24 horas, quando se instalam as complicações oftalmológicas – como visão turva, fotofobia e escotomas – que podem evoluir para cegueira irreversível. Casos graves progridem para convulsões, coma, insuficiência de múltiplos órgãos e óbito.
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