Por critérios do Governo Federal Guaíra não terá vacina da dengue

Por critérios do Governo Federal Guaíra não terá vacina da dengue

Guaíra, neste ano, ficará de fora da campanha de vacinação contra a dengue em 2024, de acordo com os critérios estabelecidos pelo governo federal. A decisão baseia-se em uma série de fatores, incluindo o porte populacional, a prevalência da doença e a disponibilidade de vacinas.

No Ministério da Saúde, os municípios selecionados para a vacinação contra a dengue em 2024 são aqueles que:
- têm grande porte (mais de 100 mil habitantes) com alta transmissão de dengue;
- apresentaram o maior número de casos em 2023 e 2024;
- possuem predominância do DENV 2 em dezembro de 2023;
- são definidos por regiões de saúde, abrangendo todas as regiões do país;
- por enquanto, não há mais vacinas para comprar em 2024.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, a demanda por vacinas contra a dengue tem crescido nos últimos anos e a oferta não tem acompanhado esse aumento. Portanto, a quantidade de doses disponíveis para compra em 2024 já foi esgotada.
O combate à dengue é um desafio contínuo para o sistema de saúde brasileiro. A vacinação é considerada uma medida fundamental para o controle da doença, porém, a escassez de vacinas e a necessidade de estabelecimento de critérios de priorização acabam por limitar sua aplicação.
É importante que Guaíra, assim como outros municípios que não serão contemplados com a vacinação, mantenham em ações de prevenção e controle da dengue, como a eliminação de criadouros do Aedes aegytpi transmissor, o uso de repelentes e o diagnóstico precoce da doença.

Importante ressaltar:
O Brasil é o 1º país no mundo a disponibilizar a vacina contra a dengue no sistema público de saúde e aproximadamente 3,2 milhões de pessoas serão imunizadas em 2024.
A vacina será uma aliada a todas as estratégias no combate à dengue, no entanto, não substitui outras medidas de combate ao mosquito transmissor.
O público-alvo este ano, nas cidades contempladas, será constituído por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Essa faixa etária apresenta maior índice de hospitalização por dengue, depois dos idosos.
Os idosos não serão vacinados, por enquanto, pois não há estudo para esse grupo.
A vacina não é a solução para o cenário epidemiológico atual. Não é estratégia única para controle de epidemia. Além disso, o Aedes aegypti, além da dengue, transmite Zika, Chikungunya e Febre Amarela.