O Preço do Vandalismo
Zeladoria - Terça-feira, 18 de Novembro de 2025

O Preço do Vandalismo
Reforma nos banheiros da Praça: só mais um capítulo do ciclo custoso da depredação
A rotina do Departamento de Manutenção de Próprios Públicos é, com frequência alarmante, interrompida para reparar estragos causados pela ação deliberada de vândalos. A reforma nos banheiros da Praça São Sebastião, ocorrendo no atual momento, é apenas mais um capítulo dessa história cíclica e custosa. O mais revoltante é constatar que os próprios usuários desses espaços são os responsáveis pela depredação, num ato de total desrespeito com o patrimônio que, em tese, lhes pertence.
Os males provocados por essa minoria irresponsável recaem sobre toda a comunidade. O local, constantemente vitimado, demanda reparos frequentes que consomem não apenas materiais – como torneiras, louças e tintas –, mas também algo igualmente valioso: o tempo e a mão de obra dos servidores do Município.
Dias de trabalho que deveriam ser dedicados à melhoria de outras estruturas públicas são carreados para consertar danos evitáveis. Esse custo operacional contínuo drena recursos financeiros e humanos que estão escassos.
Duplo Prejuízo
O prejuízo, portanto, é duplo. Enquanto a população perde um bem de uso comum, o Poder Público deixa de aplicar recursos financeiros e material humano em áreas vitais. O valor gasto mensalmente com consertos poderia ser investido na aquisição de equipamentos para uma Unidade de Saúde da Família (USF), na reforma de uma quadra esportiva escolar ou na criação de áreas de lazer acessíveis.
O vandalismo, assim, não quebra apenas objetos; quebra oportunidades de melhoria para a cidade como um todo.
"O vandalismo de poucos provoca prejuízo para todos os mais de 40 mil habitantes de Guaíra. O tempo que nossa equipe gera socorrendo locais depredados e o material utilizado são recursos desviados de finalidades nobres. Poderíamos estar melhorando a estrutura de uma USF, de uma escola ou de uma praça de esportes e lazer. No entanto, todas as semanas temos que parar nossos projetos para consertar destruições que poderiam ser evitadas. É um ciclo frustrante e que prejudica o desenvolvimento social do município. Lastimável" lamenta Flavio de Oliveira Laudino, Chefe da Manutenção de Próprios Públicos.
